Pensei que teria um bom intervalo para criticar o governo Fátima Bezerra. Enganei-me. Após a portaria "corona", exigindo prova de "risco" para não dar expediente presencial, vejo nova decisão incompreensível. Pra não usar um adjetivo ferino, porém apropriado.
A Assembleia Legislativa aprovou uma Lei de indiscutível interesse público, proibindo paredões de som em determinados lugares e incertas horas. Essa coisa monstruosa que torna torna uma geração, a atual, em futuros surdos. Sem falar no desassossego das pessoas, com essa barulheira infernal que toma conta das ruas, praças e orla num verdadeiro inferno sonoro. Sem cautela de locais ou horário. Pode ser perto de hospitais, escolas ou residências. A Lei aprovada reduzia esse crime ambiental.
O que faz a Governadora? Vetou a Lei. Sob o argumento caviloso e suspeito de que isso é "matéria de competência municipal". Uma justificativa bisonha e sem cerimônia. Os municípios podem e devem legislar sobre isso, mas não o fazendo há competência concorrente, comum e suplementar do Estado. Ponto final.
A pergunta é: O que há de escuso e escuro nesse veto?
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